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Avanços e desafios da democracia marcam debates no 4º Congresso de Extensão e Cultura da Unicamp

O evento acontece até quarta-feira (23), no Centro de Convenções e Ginásio Multidiciplinar da Unicamp



Texto: Fernando José Barbosa    l    Fotos: Dario Mendes Crispim

A democracia, sua qualidade e seus desafios estiveram em debate, na tarde desta terça-feira (22), no 4º Congresso de Extensão e Cultura da Unicamp. José Levi Mello do Amaral Junior, professor da Universidade de São Paulo (USP) e secretário-geral da Presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e Inês Maria dos Santos Coimbra de Almeida Prado, procuradora geral do Estado de São Paulo, traçaram um panorama da construção da democracia e apontaram alguns dos avanços necessários para sua manutenção e evolução. A mesa, mediada pela procuradora da Unicamp, Fernanda Lavras Silvado,  ocorreu de forma híbrida, foi transmitida ao vivo e está disponível no youtube @ExtensaoeCulturaUnicamp.

 

Inês Maria dos Santos Coimbra e Fernanda Lavras
Inês Maria dos Santos Coimbra e Fernanda Lavras

 

Ao abrir a sessão, o pró-reitor de Extensão e Cultura da Unicamp, Fernando Coelho, considerou a relevância da democracia para o desenvolvimento das atividades na Universidade. “É fundamental para que se faça um laço com a comunidade”, disse ele.

 

Para José Levi, após a conquista da democracia, é necessário que se consiga mantê-la de forma crescente. “Qualquer coisa diferente de democracia é um flerte com a barbárie”, afirmou Levi. Ele defende que temos um modelo que atesta a evolução do sistema no país e que a cada eleição vem evoluindo.

 

José Levi Mello do Amaral Júnior

 

Inês Almeida, traçou um histórico do processo de construção das relações sociais no Brasil. De acordo com ela, o país chegou a 2022 com realidades desiguais, inferiorizando mulheres, negros e outras minorias. “As desigualdades também fizeram parte de processos democráticos no mundo todo, como na Alemanha”, lembrou Almeida.  Por outro lado, ela apontou avanços, como a definição de cotas para escolha do magistrado, que vem sendo implantada no estado de São Paulo. 
 
“A luta pela democracia precisa ser diária e constante”, reforçou a mediadora, Fernanda Lavras Silvado.

 

 

 

O Congresso acontece até quarta-feira (23), com apresentações de trabalhos, mesas redondas e atividades culturais (confira a programação). A celebração final “Estéticas Periféricas” acontecerá na Casa do Lago, às 18 horas, com: MC Élipe, do Coletivo de Hip-Hop; “Corpo Presente!”, TADOMA Escola de Artes Cênicas e Coletivo Autista da Unicamp; espetáculo teatral do Coletivo Indígena da Unicamp; Performance de Voguing, do Núcleo de Consciência Trans da Unicamp. na Casa do Lago, às 18 horas.