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UNICAMP projeta Curricularização da Extensão para 2022

Resolução do Conselho Nacional de Educação dá prazo até o fim do próximo ano e a Unicamp quer iniciar a ampliação de suas atividades



|Autor: Fernando Barbosa

         Pró-reitor de Extensão e Cultura Fernando Antônio dos Santos Coelho

A Unicamp já iniciou planejamentos para a implantação e ampliação de projetos que incluam as atividades de extensão na grade de ensino da Universidade a partir de 2022, a chamada curricularização do ensino. Com essa medida aumenta a interação de alunos e docentes com a comunidade externa da Universidade, conforme explicou o pró-reitor de Extensão e Cultura, Fernando Antônio dos Santos Coelho. Segundo ele a resolução do Conselho Nacional de Educação, exige que até o final de 2022 as universidades destinem 10% de sua grade de ensino com atividades extensionistas.
Para Coelho, o ganho no ensino terá aumento do percentual que já é praticado na Unicamp. “Vai contribuir para que os estudantes além de terem o conhecimento técnico feito nas diferentes formações profissionais, adquiram uma maior interação com a sociedade”, disse Coelho.

Diretora da FCA Milena Pavan Serafim 


A diretora da Faculdade de Ciências Aplicadas (FCA-Limeira), Milena Pavan Serafim, considera que a Unicamp desde sua origem cumpre esse papel na formação dos estudantes, com diferentes iniciativas e estratégias para colocar cada vez mais a extensão como elemento central junto às políticas institucionais da Universidade.

Assessora da PGR Laura Letícia Ramos Rifo


A assessora da Pró Reitoria de Graduação (PRG), Laura Letícia Ramos Rifo, considera que um primeiro passo é identificar e aproveitar experiências extensionistas já existentes nos cursos da Unicamp. “Há alunos da Faculdade de Alimentos desenvolvendo pesquisas relacionadas com a fome e precisam falar com alunos da área de sociologia” exemplificou ela, mostrando as possibilidades que este processo vai fomentar na Universidade. Laura considera, que para atingir os 10% exigidos pelo Conselho de Educação, a Unicamp pode se utilizar de diversas estratégias como a inclusão das atividades extensionistas nas grades desde o início da formação dos estudantes até a obrigatoriedade dessas atividades fazerem parte do trabalho de conclusão dos cursos, o TCC. “Eu gosto da palavra integração porque é o que realmente eu sinto que a gente está fazendo nesse momento, que é integrar de fato essas atividades extensionistas dentro da formação curricular dos nossos estudantes”, disse Laura.

Pró-reitor de graduação da Unicamp, Ivan Felizardo Contrera Toro


O pró-reitor de graduação da Unicamp, Ivan Felizardo Contrera Toro, aponta que a avaliação das atividades extensionistas dos alunos deva ser decidida em cada disciplina e que a adequação de cada projeto fique a cargo dos coordenadores de ensino e das comissões de graduação das próprias unidades. Ele sugere que a Comissão Central de Graduação – CCG pode ajudar nas discussões sobre estas avaliações. “O mais importante talvez seja valorizar o papel do docente e participante da integração entre o ensino e a extensão” disse Toro. “Somente se o professor se sentir prestigiado haverá continuidade dessas ações e, com certeza modificarão para melhor a relação entre a Universidade e a sociedade”. Conclui o pró-reitor de graduação.

Assessor da Proec José Luiz da Costa


O assessor da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proec), José Luiz da Costa – projeta a curricularização como um elemento estrutural desse processo em curso na Unicamp e vai contemplar a medida exigida pelo Conselho de Educação. “A curricularização da extensão pode ser o passo inicial para ações conjuntas entre as diversas unidades de ensino da Unicamp, que faz os projetos de extensão, agrupa-las e assim ajudar os alunos a terem uma ideia mais ampla sobre o curso de graduação que estejam cursando”, defende Costa.
O pró-reitor de extensão e cultura define questão sobre o processo que está em discussão e que tem obrigatoriedade de implantação para o próximo ano:
“Nós queremos na verdade que os nossos alunos sejam bons profissionais, mas também sejam cidadãos e estejam em consonância com o que acontece na sociedade brasileira e possam, usar o conhecimento que adquirem na Universidade para também solucionar os problemas do país “, conclui Coelho.